Criar Instruções para MOCs
Enviado: 19 jan 2009, 12:32
CRIAR INSTRUÇÕES PARA MOCs
Notas prévias:
O presente documento representa apenas uma descrição dos passos seguidos para gerar um conjunto das instruções de montagem tal como eu tenho feito. Não será porventura o processo mais avançado ou o de melhor qualidade possível, mas é o que conheço e que posso por isso divulgar.
Também não se trata aqui de ensinar a trabalhar com cada programa referido; parto do princípio de que o leitor saberá operar o respectivo software. Em http://www.ldraw.org/GetStarted.html, por exemplo, podem ser consultados os tutoriais para o MLCad e LPub.
Aqui está então a “receita”:
SOFTWARE NECESSÁRIO:
MLCad (http://www.ldraw.org/Downloads.html) – Onde é desenhado o modelo com as chamadas “peças virtuais”. Também se pode usar outros programas, como o LeoCAD (http://www.leocad.org) ou o SR 3D Builder (http://staff.polito.it/sergio.reano).
LPub (http://www.ldraw.org/Downloads.html) – Programa que, a partir do ficheiro criado pelo MLCad, gera as imagens necessárias a cada passo da construção.
LDView (http://www.ldraw.org/Downloads.html) – Visualizador de ficheiros criados pelo MLCad, que gera as imagens das peças e dos passos de construção a comando do LPub.
Um conversor de formato de imagens (eu uso o PaintShop Pro, mas qualquer outro serve) – para converter as imagens geradas pelo LPub (que estão no formato .PNG) para imagens .GIF .
MS-Word – Onde é criado o documento com o seu aspecto definitivo (paginação e disposição das imagens em cada página).
Um gerador de PDFs (eu uso o PrimoPDF ( http://www.primopdf.com/), mas pode ser qualquer outro, incluindo o próprio [url=http://Adobe%20Acrobat]Adobe Acrobat[/url]) – Para criar o ficheiro .PDF final a partir do .DOC gerado pelo MS-Word.
PASSO 1. Criação do ficheiro .LDR
O ficheiro com o MOC construído com peças “virtuais” é criado com o programa MLCad. É um ficheiro de extensão .LDR (de LDraw, um dos standards para o desenho de LEGO virtual ou .MPD (de Multi-Part DAT, um tipo de .LDR com sub-modelos).
Aqui, para além naturalmente da “montagem” propriamente dita, são definidos os vários steps (passos) da construção. Cada um destes passos dará origem a uma imagem no documento final, mostrando assim a sequência da montagem (à semelhança das instruções dos sets oficiais da LEGO).
Deixo aqui alguns conselhos, para evitar que quem se inicia nestas lides tenha de refazer várias vezes todo o trabalho – como me aconteceu nas primeiras tentativas:
• Os passos devem ser no menor número possível, sem contudo afectar a clareza da sequência. Nem é preciso, na maioria dos casos, mostrar a montagem de uma só peça de cada vez, nem se deve, por norma, juntar demasiadas peças num só passo. “Equilíbrio” é aqui a palavra-chave.
• Ter em conta que – embora o MLCad não faça isso – vamos poder, mais tarde, incluir em cada passo a lista das peças envolvidas. Portanto, eventualmente não fará mal uma ou outra peça ficarem parcialmente ocultas por outras, já que o utilizador final pode identificá-las na referida lista.
• Também se deve “rodar” o modelo o menor número de vezes possível, para não complicar desnecessariamente as instruções.
• Eventualmente, será necessário definir sub-modelos (por exemplo, os conjuntos de rodas para uma locomotiva), que depois são adicionados ao modelo principal.
O processo que eu uso (não será por certo o ideal, mas é o que me parece mais fácil) é o da construção por módulos, onde cada módulo é tratado como se fosse um MOC separado.
Um exemplo prático: crio primeiro um ficheiro .LDR para o conjunto de rodas (o modelo vai usar dois conjuntos, mas como são iguais apenas é necessário um módulo); depois, outro .LDR para o tejadilho amovível. Finalmente, construo o .LDR do corpo principal do modelo, onde, na altura desejada, adiciono os dois conjuntos de rodas e o tejadilho.
Na fase de composição do documento final, todos estes módulos serão colocados “no papel” na sequência própria.
• Idealmente, depois de este primeiro “esqueleto” de instruções estar concluído, deveria fazer-se a montagem com as peças reais (mesmo que com cores diversas).
Isto porque quase sempre será necessário fazer algumas correcções às instruções, seja porque uma peça móvel não “funciona” como previsto, seja porque se detecta um ponto mais frágil na estrutura do modelo, ou ainda porque se “descobriu” que pode ser adicionado mais um detalhe, etc., etc..
PASSO 2. CRIAÇÃO DAS IMAGENS
A partir do ficheiro .LDR, vou utilizar o programa LPub para gerar três tipos de imagens:
• A imagem de cada passo da construção (CSI – Construction Step Image). Recordo que os passos foram definidos durante a construção virtual no MLCad;
• A imagem da lista de peças envolvida em cada passo (PLI – Part List Image);
• A imagem da lista total de peças que compõem o modelo, incluindo os sub-módulos (BOM – Bill Of Materials).
Para isso, corro o LPub para cada um dos módulos (ficheiro .LDR), indicando as opções a seguir ilustradas (note-se os checks na caixa “Generate”):
[align=center][/align]
De seguida, no menu “Generate” indico a opção “CSIs, PLIs and BOM”:
[align=center][/align]
Depois, há que aguardar que o LPub gere as imagens todas (o que pode demorar bastante tempo, dependendo do número delas).
As imagens ficam no formato .PNG, numa sub-pasta “LPub\Images” que o LPub cria dentro da pasta onde estão os ficheiros .LDR do modelo. Por exemplo, se os ficheiros .LDR estiverem em “C:\Modelos LEGO\Locomotivas”, as imagens estarão em “C:\Modelos LEGO\Locomotivas\LPub\Images”.
PASSO 3. CONVERSÃO DAS IMAGENS
As imagens no formato .PNG ficam com uma qualidade medíocre no documento final. Um modo de as melhorar um pouco (só um pouco – ainda não descobri maneira de obter uma boa qualidade) é convertê-las para o formato .GIF.
Para o fazer, pode usar-se qualquer programa de conversão de formato de imagens. Aquele que eu uso, o PaintShop Pro, tem uma opção de conversão em batch, o que poupa o enorme trabalho de converter as imagens uma a uma.
PASSO 4. CRIAÇÃO DO DOCUMENTO WORD
O LPub tem a possibilidade de criar automaticamente páginas com os passos de construção e respectivas listas de peças (menu Generate->Layouts). Mas eu prefiro compor as páginas manualmente, e para isso crio um documento normalíssimo em MS-Word, onde disponho as imagens e formato as páginas segundo o meu gosto pessoal.
O normal é colocar, junto da imagem de cada passo, a imagem da lista das peças envolvidas nesse passo; no final de tudo, juntar a imagem BOM (a lista total das peças do modelo). Os ficheiros .PDF que podem ser acedidos no meu site de MOCs estão feitos com esta disposição.
PASSO 5. CRIAÇÃO DO DOCUMENTO FINAL
O ficheiro .DOC criado em MS-Word poderia constituir já o documento final (a qualidade das imagens resulta superior à do correspondente .PDF), se não fosse um inconveniente importante para quem quer disponibilizar as instruções na Web: qualquer pessoa pode, depois de fazer o download, alterar facilmente o documento – inclusivamente reclamar a respectiva autoria!
Com um ficheiro .PDF, já não será assim tão fácil: ao criá-lo, podemos impor algum nível de protecção contra alterações abusivas. Uma outra vantagem do formato .PDF é o seu tamanho: como é mais eficiente que o formato .DOC, o mesmo ficheiro ocupa menos espaço.
A passagem de .DOC para .PDF não tem nada de complicado. O programa gerador fica instalado como se fosse mais uma impressora, e assim basta, dentro do MS-Word, mandar imprimir o documento para a “impressora” dos PDFs.
O gerador de PDFs por excelência é o Adobe Acrobat, mas eu uso um outro programa – o PrimoPDF – que, para além de ser grátis, funciona de modo semelhante e com resultados idênticos aos do Acrobat.
[align=center]---oooOoOooo---[/align]
Notas prévias:
O presente documento representa apenas uma descrição dos passos seguidos para gerar um conjunto das instruções de montagem tal como eu tenho feito. Não será porventura o processo mais avançado ou o de melhor qualidade possível, mas é o que conheço e que posso por isso divulgar.
Também não se trata aqui de ensinar a trabalhar com cada programa referido; parto do princípio de que o leitor saberá operar o respectivo software. Em http://www.ldraw.org/GetStarted.html, por exemplo, podem ser consultados os tutoriais para o MLCad e LPub.
Aqui está então a “receita”:
SOFTWARE NECESSÁRIO:
MLCad (http://www.ldraw.org/Downloads.html) – Onde é desenhado o modelo com as chamadas “peças virtuais”. Também se pode usar outros programas, como o LeoCAD (http://www.leocad.org) ou o SR 3D Builder (http://staff.polito.it/sergio.reano).
LPub (http://www.ldraw.org/Downloads.html) – Programa que, a partir do ficheiro criado pelo MLCad, gera as imagens necessárias a cada passo da construção.
LDView (http://www.ldraw.org/Downloads.html) – Visualizador de ficheiros criados pelo MLCad, que gera as imagens das peças e dos passos de construção a comando do LPub.
Um conversor de formato de imagens (eu uso o PaintShop Pro, mas qualquer outro serve) – para converter as imagens geradas pelo LPub (que estão no formato .PNG) para imagens .GIF .
MS-Word – Onde é criado o documento com o seu aspecto definitivo (paginação e disposição das imagens em cada página).
Um gerador de PDFs (eu uso o PrimoPDF ( http://www.primopdf.com/), mas pode ser qualquer outro, incluindo o próprio [url=http://Adobe%20Acrobat]Adobe Acrobat[/url]) – Para criar o ficheiro .PDF final a partir do .DOC gerado pelo MS-Word.
PASSO 1. Criação do ficheiro .LDR
O ficheiro com o MOC construído com peças “virtuais” é criado com o programa MLCad. É um ficheiro de extensão .LDR (de LDraw, um dos standards para o desenho de LEGO virtual ou .MPD (de Multi-Part DAT, um tipo de .LDR com sub-modelos).
Aqui, para além naturalmente da “montagem” propriamente dita, são definidos os vários steps (passos) da construção. Cada um destes passos dará origem a uma imagem no documento final, mostrando assim a sequência da montagem (à semelhança das instruções dos sets oficiais da LEGO).
Deixo aqui alguns conselhos, para evitar que quem se inicia nestas lides tenha de refazer várias vezes todo o trabalho – como me aconteceu nas primeiras tentativas:
• Os passos devem ser no menor número possível, sem contudo afectar a clareza da sequência. Nem é preciso, na maioria dos casos, mostrar a montagem de uma só peça de cada vez, nem se deve, por norma, juntar demasiadas peças num só passo. “Equilíbrio” é aqui a palavra-chave.
• Ter em conta que – embora o MLCad não faça isso – vamos poder, mais tarde, incluir em cada passo a lista das peças envolvidas. Portanto, eventualmente não fará mal uma ou outra peça ficarem parcialmente ocultas por outras, já que o utilizador final pode identificá-las na referida lista.
• Também se deve “rodar” o modelo o menor número de vezes possível, para não complicar desnecessariamente as instruções.
• Eventualmente, será necessário definir sub-modelos (por exemplo, os conjuntos de rodas para uma locomotiva), que depois são adicionados ao modelo principal.
O processo que eu uso (não será por certo o ideal, mas é o que me parece mais fácil) é o da construção por módulos, onde cada módulo é tratado como se fosse um MOC separado.
Um exemplo prático: crio primeiro um ficheiro .LDR para o conjunto de rodas (o modelo vai usar dois conjuntos, mas como são iguais apenas é necessário um módulo); depois, outro .LDR para o tejadilho amovível. Finalmente, construo o .LDR do corpo principal do modelo, onde, na altura desejada, adiciono os dois conjuntos de rodas e o tejadilho.
Na fase de composição do documento final, todos estes módulos serão colocados “no papel” na sequência própria.
• Idealmente, depois de este primeiro “esqueleto” de instruções estar concluído, deveria fazer-se a montagem com as peças reais (mesmo que com cores diversas).
Isto porque quase sempre será necessário fazer algumas correcções às instruções, seja porque uma peça móvel não “funciona” como previsto, seja porque se detecta um ponto mais frágil na estrutura do modelo, ou ainda porque se “descobriu” que pode ser adicionado mais um detalhe, etc., etc..
PASSO 2. CRIAÇÃO DAS IMAGENS
A partir do ficheiro .LDR, vou utilizar o programa LPub para gerar três tipos de imagens:
• A imagem de cada passo da construção (CSI – Construction Step Image). Recordo que os passos foram definidos durante a construção virtual no MLCad;
• A imagem da lista de peças envolvida em cada passo (PLI – Part List Image);
• A imagem da lista total de peças que compõem o modelo, incluindo os sub-módulos (BOM – Bill Of Materials).
Para isso, corro o LPub para cada um dos módulos (ficheiro .LDR), indicando as opções a seguir ilustradas (note-se os checks na caixa “Generate”):
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De seguida, no menu “Generate” indico a opção “CSIs, PLIs and BOM”:
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Depois, há que aguardar que o LPub gere as imagens todas (o que pode demorar bastante tempo, dependendo do número delas).
As imagens ficam no formato .PNG, numa sub-pasta “LPub\Images” que o LPub cria dentro da pasta onde estão os ficheiros .LDR do modelo. Por exemplo, se os ficheiros .LDR estiverem em “C:\Modelos LEGO\Locomotivas”, as imagens estarão em “C:\Modelos LEGO\Locomotivas\LPub\Images”.
PASSO 3. CONVERSÃO DAS IMAGENS
As imagens no formato .PNG ficam com uma qualidade medíocre no documento final. Um modo de as melhorar um pouco (só um pouco – ainda não descobri maneira de obter uma boa qualidade) é convertê-las para o formato .GIF.
Para o fazer, pode usar-se qualquer programa de conversão de formato de imagens. Aquele que eu uso, o PaintShop Pro, tem uma opção de conversão em batch, o que poupa o enorme trabalho de converter as imagens uma a uma.
PASSO 4. CRIAÇÃO DO DOCUMENTO WORD
O LPub tem a possibilidade de criar automaticamente páginas com os passos de construção e respectivas listas de peças (menu Generate->Layouts). Mas eu prefiro compor as páginas manualmente, e para isso crio um documento normalíssimo em MS-Word, onde disponho as imagens e formato as páginas segundo o meu gosto pessoal.
O normal é colocar, junto da imagem de cada passo, a imagem da lista das peças envolvidas nesse passo; no final de tudo, juntar a imagem BOM (a lista total das peças do modelo). Os ficheiros .PDF que podem ser acedidos no meu site de MOCs estão feitos com esta disposição.
PASSO 5. CRIAÇÃO DO DOCUMENTO FINAL
O ficheiro .DOC criado em MS-Word poderia constituir já o documento final (a qualidade das imagens resulta superior à do correspondente .PDF), se não fosse um inconveniente importante para quem quer disponibilizar as instruções na Web: qualquer pessoa pode, depois de fazer o download, alterar facilmente o documento – inclusivamente reclamar a respectiva autoria!
Com um ficheiro .PDF, já não será assim tão fácil: ao criá-lo, podemos impor algum nível de protecção contra alterações abusivas. Uma outra vantagem do formato .PDF é o seu tamanho: como é mais eficiente que o formato .DOC, o mesmo ficheiro ocupa menos espaço.
A passagem de .DOC para .PDF não tem nada de complicado. O programa gerador fica instalado como se fosse mais uma impressora, e assim basta, dentro do MS-Word, mandar imprimir o documento para a “impressora” dos PDFs.
O gerador de PDFs por excelência é o Adobe Acrobat, mas eu uso um outro programa – o PrimoPDF – que, para além de ser grátis, funciona de modo semelhante e com resultados idênticos aos do Acrobat.
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